O primeiro quartil de 2018 foi marcado pela continuidade do processo de recuperação econômica. Tivemos aumento do consumo das famílias, evolução da produção industrial, aumento do emprego formal e os menores índices de inflação desde muitos anos. Enquanto para os três primeiros indicadores citados foi observada, na margem, certa desaceleração do ritmo de avanço, a boa notícia é que, realmente, os preços crescem cada vez menos.
Em verdade, a queda do ritmo econômico desta reação não preocupa para uma análise do desempenho anual de 2018 e pode-se até comemorar, se se computar a este cenário, a grande possibilidade de mais reduções do juro básico (SELIC) devido aos índices de preços pouco impactantes. Com juros se retraindo espera-se, mesmo de forma tímida, que haja continuidade no barateamento do crédito ao consumidor, às empresas e ao mesmo tempo uma estabilização da inadimplência.
Obviamente não se deseja que nos médio e longo prazos tenhamos como principal pilar de evolução econômica o consumo das famílias, até porque já bebemos desta única fonte e sabemos que não é algo sustentável. Porém, num ambiente de incerteza política, sem as reformas estruturais necessárias, pós uma profunda recessão econômica e aperto social, não se espera que se destravem de forma relevante os investimentos. É necessário ambiente econômico moderno e saudável para isso. De toda forma, o horizonte mostra a continuidade da aceleração do crescimento para 2018, ainda que apoiado numa base fraca de comparação, pequeno aumento do consumo das famílias e alguns investimentos pontuais, dada a portentosa capacidade ociosa de nossa economia.
A partir dessas reflexões, apresentamos as projeções macroeconômicas que oSindaesp expõe mensalmente: