Carta de Conjuntura SINDAESP - Ed. nº 01

Prezados companheiros e companheiras,

Vocês estão recebendo a edição nº 01 da Carta de Conjuntura Sindaesp, mais uma publicação da Entidade, que foi criada com o objetivo de contribuir com os seus negócios presentes e futuros. O levantamento dos dados coletados, bem como a análise, está à cargo do economista e assessor econômico do Sindaesp, Jaime Vasconcellos. Publicação on-line, a Carta de Conjuntura Sindaesp terá edições mensais.

A todos, uma boa leitura.

Atenciosamente,

Carlos Eduard Uchôa Fagundes

Presidente do Sindaesp e da ADM
Sindicato das Empresas de Administração no Estado de São Paulo
Associação Brasileira de Administração

CARTA DE CONJUNTURA SINDAESP

Agosto 2017

A poeira da crise política vai baixando e aos poucos e bem aos poucos, o cenário vai se desenhando. Observem que não há emissão de opinião se este cenário mais visível do que será o país daqui para a frente é melhor ou pior. Em verdade, ainda nos deparamos com um processo de reaquecimento econômico muito lento, no qual o que está no jogo político parece não ser mais se o atual governo vai, ou não, se manter, mas em se mantendo, qual sua capacidade de gerir o processo de reformas e de permitir uma nova aceleração da dinâmica produtiva brasileira.

Ainda assim, os últimos dados macroeconômicos são alentadores. Não somente as projeções de inflação, taxa básica de juros e câmbio continuam baixos e estabilizados, como o IBC-Br, índice de atividade econômica conhecido por ser uma prévia do desempenho do PIB (Produto Interno Bruto), apresentou crescimento de 0,25% no segundo trimestre, em relação aos primeiros três meses do ano, e o dado de junho é superior em 0,5% ao resultado de maio.

Fica cada vez mais claro que as incertezas políticas atrasaram o movimento de retomada da economia brasileira, iniciado no primeiro trimestre de 2017. Após delações, denúncias e gravações, poderemos ter uma “re-retomada” de crescimento no segundo semestre, mas num ambiente político mais incerto sobre aprovação de novas reformas, numa economia com déficit primário revisado para cima e à beira de um ano com Copa do Mundo de Futebol e eleições presidenciais. Isto é, era para ser 2017 o ponto de inflexão para uma realidade muito melhor. Hoje fica cada vez mais claro que será “apenas” um ponto de inflexão para melhor. Por mais que isso não seja muito difícil, haja vista a sóbria e profunda retração econômica e social dos últimos anos. Vamos tentar voltar a correr, mas parece que estamos usando calças jeans molhadas e calçando sandálias.

As projeções macroeconômicas do Sindaesp:

  • Crescimento da economia brasileira em 2017: +0,5%;
  • IPCA/IBGE em 2017: 3,5%;
  • SELIC no fim de 2017: 8,25%;
  • Taxa de Câmbio no fim do período: 3,25;
  • Balança Comercial em 2017: US$ 50 bilhões de superávit;
  • Vendas do varejo: +1,3%
  • Volume dos serviços: -3,2%
Jaime Vasconcellos
Economista e assessor econômico do Sindaesp